Mãe quero ir passear, por favor!
Desafio Sonhamos ir por aí! Vá para fora cá dentro... de casa!
Naquele dia o rapaz estava cansado de estar em casa, já tinham passado muitos dias e continuavam a não sair. Faziam coisas divertidas em casa, mas ele sentia mesmo a falta de ir ver a rua, de andar lá fora, de ir ver outros lugares. Antes costumavam passear, ir ver cidades, sítios distantes no campo e agora, nada.
Foi ter com a mãe e disse:
- Mãe quero ir passear, por favor!
Ele sabia que tinham que ficar em casa, mas talvez a mãe conseguisse acalmar aquela vontade, afinal as mães sabem sempre tudo, certo?
A mãe disse logo, então vamos! Vamos lá planear o nosso passeio. O que queres fazer, o que queres ir ver?
O menino ficou pensativo e perguntou como é que iam se tinham que ficar em casa. A mãe explicou que sonhando e pensando podemos sempre ir onde quisermos e que esse passeio eles podiam fazer juntos. O menino perguntou então se podiam fazer o que quisessem, mesmo que fossem coisas que não pudessem acontecer na realidade, coisas imaginadas. A mãe disse que sim e começaram juntos a planear a viagem.
O rapaz queria muito andar sobre a água e fazer coisas diferentes. Queria refastelar-se num sofá, fazer um piquenique, andar num baloiço e rodar num pião gigante como no parque infantil, queria sentar-se num banco alto de um bar, queria subir a uma colina e ver tudo à volta…
A mãe perguntou se não estava com demasiadas ideias estranhas, será que ainda queria fazer mais coisas em cima da água. Ele respondeu que sim, queira subir e descer, fazer abanar o mundo, sentir-se num conto de fadas, queria trepar a um relógio alto e agora não se estava a lembrar de mais nada, mas já tinha uma carinha mais animada.
A mãe disse que também queria fazer tudo o que ele tinha vontade, ela também adorava água e fazer tudo aquilo parecia-lhe fantástico. Assim que pudessem sair de casa ficava combinado, iam fazer tudo o que ele tinha pensado.
O menino olhou para a mãe e perguntou como é que iam fazer aquilo, afinal não havia sofás, colinas, subidas e descidas ou baloiços sobre a água. A mãe sorriu e disse:
- Há uma cidade onde podes fazer tudo o que disseste! Tem um rio, sobre o rio há muitas pontes e penso que podemos fazer o que querias. O menino abriu muito os olhos e perguntou:
- A sério? Cá em Portugal? Onde?
A mãe foi dizendo que sim, era Leiria! Havia a ponte sofá, lá podiam refastelar-se. Havia uma ponte com mesas de piquenique e relva, outra com um relógio alto e magrinho a meio, uma ponte bar com bancos e tudo.
O menino disse:
- Mas subir e descer? Brincar no baloiço? Isso não pode haver.
Há sim meu amor. Há a ponde D. Dinis, que sobe muito sobre o rio, parece uma colina com paredes de vidro de onde se pode ver o castelo do rei mesmo de frente, há a ponte ondulada que sobe e desce e onde pudemos pular e tudo fica a abanar na sua estrutura metálica flexível, há uma ponte que é um parque infantil e há mais pontes onde podemos inventar mais coisas para fazer.
O menino e a mãe continuaram a planear aquele passeio, ambos se sentiam mais livres e até parecia que já tinham passeado.
Agora era só esperar para irem mesmo ver e viver as pontes a sério.
Texto no âmbito do desafio "Sonhamos ir por aí"
Neste desafio participo eu, a Oh da guarda peixe frito, a Concha, a A 3ª Face, a Maria Araújo, a Fátima Bento, a Imsilva, a Luísa De Sousa, a Maria, o José da Xâ, a Rute Justino, a Ana D., a Célia, a Charneca Em Flor, a Gorduchita, a Miss Lollipop, a Ana Mestre a Ana de Deus, e a bii yue e quem mais quis.