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Contos por contar

Contos por contar

20
Fev21

O Hotel de Insetos

Cristina Aveiro

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Era uma vez uma menina que vivia na cidade, mas tinha um enorme terraço onde naquele ano a mãe tinha decidido fazer uma horta. Tinha sido uma diversão arranjar as enormes floreiras, encher com terra fértil e depois decidir e escolher as plantas que iam fazer crescer. A mãe escolheu alfaces, a menina tomates e brócolos, o irmãozinho quis morangos e a lista nunca mais acabava. Depois foi uma animação ir ao horto comprar as plantinhas frágeis e claro que acrescentaram algumas à lista, tal era a variedade e beleza daquelas plantinhas nos seus alvéolos geometricamente ordenados.

Regressaram a casa e o rebuliço continuou, plantar tudo com a mãe a orientar para que não ficassem demasiado juntas, nem demasiado afastadas, deixando espaço para poderem crescer. Por fim de regador em punho as crianças deram o aconchego final às pequenas plantinhas que ficaram instaladas na sua nova casa.

Quando tudo ficou pronto, as crianças ficaram um pouco perdidas, afinal agora a horta tinha de esperar para acontecerem coisas novas. Os meninos não eram nada bons a esperar, ficavam ansiosos, queriam fazer as coisas acontecer.

A mãe percebeu logo que os seus meninos estavam a precisar de um novo desafio. Meninos vamos fazer um hotel de insetos para a nossa horta. Os pequenos acharam divertido, até pensaram que a mãe estava a brincar. Os insetos ficam em hotéis? Então eles não têm um ninho? Andavam de terra em terra a passear e precisavam de ficar num hotel?

A mãe explicou que muitos insetos andavam de terra em terra sempre à procura de alimento e que ficavam um bocado perdidos nas cidades onde era muito difícil encontrar abrigo. A mãe explicou que por todo o Mundo havia pessoas nas cidades que estavam a construir hotéis para insetos para evitar que desaparecessem. Para o hotel que iam construir iam fazer “quartos” perfeitos para os insetos que queriam acolher porque para além de tudo iam ajudar a nova horta a ficar livre de insetos parasitas e iam fazer a polinização das flores.

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Então afinal quem vão ser os nossos hóspedes perguntou a menina em jeito de brincadeira. A mãe disse que eram abelhas solitárias e borboletas para fazer a polinização e as joaninhas e as crisopas que iam comer os insetos prejudiciais às plantas.

A menina perguntou como ia ser na entrada do hotel, a mãe disse que cada um chegava, escolhia o lugar que melhor lhe convinha e instalava-se.

Havia uma caixa oca com um raminho seco no interior e com duas fendas verticais que eram a entrada para as borboletas. Havia um tronco que tinha sido esburacado com muitos furos, onde cada um era um “quarto” para uma abelha solitária.

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Havia uma zona toda cheia com canas ocas bem arrumadinhas que eram os quartos das joaninhas. Finalmente, para as crisopas havia uma zona preenchida com rolos de cartão canelado bem enroladinhos, onde os espaços entre eles eram os quartos perfeitos. Para completar o hotel, todas as zonas acabavam por ser preenchidas com raminhos secos ou canas ocas.

As crianças ficaram muito entusiasmadas por irem construir o hotel. Foi uma aventura procurar os materiais, pedir ajuda ao pai para adaptar uma caixa de madeira e fazer uma espécie de telhado. Quando por fim ficou pronto tiveram de escolher um lugar na horta virado a Sul, elevado para os insetos o poderem avistar e próximo das plantas que iam ter flores.

No final todos estavam orgulhosos da horta e muito especialmente do hotel para insetos. Agora tinham de esperar pacientemente que as plantinhas crescessem e que os insetos viessem instalar-se.

E tu, gostavas de construir um hotel de insetos? 

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18
Fev21

Desafio "Sonhamos ir por aí!"

Vá para fora cá dentro de ... casa

Cristina Aveiro

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"Melhor é experimentá-lo que julgá-lo,
Mas julgue-o quem não pode experimentá-lo." 

Luís Vaz de Camões

Confinados não podemos ir por aí, descobrir novos sítios, vadiar como eu gosto de dizer, mas podemos sonhar com vadiagens e podemos despertar desejos de vadiar em almas alheias. Desafio-vos a escrever um conto com a vossa "cidade, vila, terra amada" como pano de fundo que desperte a vontade de visitar esse lugar. Um olhar diferente, um passeio virtual guiado pelo vosso olhar, ... o que quiserem que seja!

Quantas vezes depois de ler um livro não sentimos uma vontade enorme de ir ver onde tudo se passou? Eu já fui a muitos lugares por esse motivo.

 

Desculpem-me a ousadia, mas venho convidar a Oh da guarda peixe frito, a Concha, A 3ª Face, a Maria Araújo, a Fátima Bento, a Imsilva, a Luísa De Sousa, a Maria, o José da Xâ,  a Rute Justino, a Ana D., a Célia, a Charneca Em Flor,  a Gorduchita, a Miss Lollipop, a Ana Mestre a Ana de Deus, e a bii yue a participarem neste desafio e a estenderem este convite a quem acharem que possa gostar.

Combinamos a publicação para o dia 28 de Fevereiro. Todos os que tiverem vontade de se juntar ao desafio são muito bem-vindos.

 

26
Jun20

Os meus novos amigos!

Cristina Aveiro

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Quando a vida esteve em pausa, com todos fechados, eu não sabia mais o que fazer, como me ocupar. Já nem ler, nem ver televisão, cozinhar até à inconsciência, ... eram ocupações elegíveis. Alguém em boa hora me pediu para colaborar num projeto de Eco-Contos para serem lidos e apresentados em vídeo. Foi um desafio que eu abracei entusiasticamente, e que pode avançar porque ao contrário do costume eu tinha tempo.

Gosto dos meus novos amigos: a lontra Lola, a aranha Baganha, o pririlampo perdido, a marta trepa que se farta, a raposa corajosa, a cegonha baralhada, ... e acredito que mais virão.

Escrever estes contos tem sido uma viagem rápida até a um mundo sonhado, mais perfeito, com a companhia das crianças que imagino a ouvir os Contos por Contar! Se calhar as crianças ainda não vieram, mas eu já estou feliz em antecipação.

 

 

 

 

 

 

 

 

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