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Contos por contar

Contos por contar

15
Set21

Gente da areia e do mar

1.ª semana do desafio Arte & Inspiração lançado pela Fátima Bento.

Cristina Aveiro

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Foto: Artur Pastor

O ar estava pesado e opressivo, as nuvens de trovoada carregavam o céu, mas o mar embora picado mostrava alguma indulgência e os homens decidiram ir ao mar. Já lá iam mais de quatro dias sem poderem fazer-se ao mar e começava a faltar sustento em algumas casas. Naquela terra de casas branquinhas todas as ruas se alinhavam com o promontório e desciam bem alinhadas direitinhas à praia e ao mar. Todos viviam do mar, do vento, do sol, da vida de trabalho duro baseada na lide daquele imenso ser a que todos tinham respeito. O mar era todo-poderoso, tudo dava e tudo levava! Oh! Quantas mulheres viúvas e quantos meninos sem pai. Aquela gente tinha-lhe respeito e sabia que as suas vidas estavam nas mãos daquele senhor de estranhas iras e acalmias, tempestades e bonanças!

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Foto: Artur Pastor

Lá saíram para o mar dali da praia, enfrentando as ondas a rebentar sobre o pequeno barco e todos, homens e mulheres, ajudavam a levar o barco até ao mar e empurravam-no no momento certo entre as ondas. Depois, depois era esperar. Sentadas na areia da praia, bem perto do mar as mulheres faziam a sua espera sem tirar os olhos do barco no mar, as suas bocas enchiam-se de orações devotas se chegava a aflição, ou então de conversas da espuma dos dias se o mar estava de bons humores. O bando de crianças andava pela praia a correr e brincar quando não pairavam nuvens de angústia ruidosa sobre as mães, tias, avós, vizinhas, …

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Foto: Artur Pastor

Naquele dia o mar foi crescendo à medida que o pequeno barco se afastava, as ondas foram-se agigantando, as nuvens deixaram cair chuva imensa que parecia fazer fumo tal era a sua fúria, o vento bufava furioso como um touro enraivecido e os corações das mulheres da praia mirravam perante o que os seus olhos viam. O bando de crianças e os homens da praia juntaram-se ao grupo das mulheres pousadas na areia, quais gaivotas em dia de tempestade. Com chuva ou sol era sempre assim, ninguém arredava pé enquanto “os nossos estavam no mar”.

O pequeno barco diminuía no meio das vagas enormes, espumando de branco, as mulheres ora o viam ora ele desaparecia e um murmúrio de desespero fazia o grupo tremer. Depois uma criança dizia “ali, ali, já estou a vê-lo” e havia um momento de alívio, para a seguir se repetir tudo de novo.

A espera durou horas e o tempo não amainava, a esperança e o desespero mantiveram as mãos dadas. Aos poucos o barco começou a voltar para a praia, devagar, com água a entrar e a sair, e os homens a lutar à força de remos e braços.

Todos sabiam que eles eram fortes e iam conseguir vir até ao bom porto, o medo que os atormentava agora era “sair do mar”. Com aquelas ondas iradas, nunca se sabiam o que ia acontecer, todos lá estariam para ajudar, mas só quando o barco estivesse na areia é que podiam de novo respirar com o peito todo e soltar os abraços da festa. Neste momento era o medo dos abraços da dor que os atormentava!

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Foto: Arquivo do Diário de Notícias

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Foto: Arquivo do Diário de Notícias

No desafio Arte & Inspiração da Fátima Bento, participam Ana DAna de DeusAna Mestrebii yue, Célia, Charneca Em Flor,  ConchaCristina AveiroGorduchitaImsilvaJoão-Afonso MachadoJosé da XãJorge OrvélioLuísa De SousaMariaMaria AraújoMarquesaMiaMartaOlgaPeixe FritoSam ao Luarsetepartidas e Fátima Bento.

 

Para referencia, esta foi a obra que serviu de inspiração aos textos desta semana 

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"A Grande Onda de Kanagawa" de Katsushika Hokusai

14
Set21

Uma experiência triste

#9 - Desafio 30 dias de escrita da Ana de Deus

Cristina Aveiro

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Era Outubro e já há muito tempo que se falava nesse dia tão importante. Já era uma menina crescida e finalmente ia para a escola. Ia deixar os dias doces passados em casa com a mãe e a irmã pequenina com que tanto tinha sonhado. O desconhecido sempre a assustara! Apenas tinham passado por fora da escola enorme para onde ia, para lhe mostrarem como era, nunca tinha entrado lá dentro e tudo era grande e algo assustador.

Escutara com desmedida atenção o que os pais lhe tinham explicado que devia fazer. Ia ficar lá todo o dia, na sua sala com a Senhora Professora, almoçava, acompanhava sempre os meninos do seu grupo e a professora e quando acabassem as aulas lá pelas quatro horas ia apanhar “o autocarro” para regressar a casa. Não precisava de se preocupar porque bastava dar a senha ao Sr. Faustino e pedir para avisar que saía na Guimarota.

Pronto, estava tudo esclarecido era só fazer como lhe tinham dito! Foi difícil ficar na escola de manhã, não conhecia ninguém. Ao longo do dia tudo foi acontecendo de forma tranquila tal como os pais lhe tinham explicado.

No final das aulas, pelas quatro horas, a professora disse que podiam sair e que os meninos que iam para a carrinha deviam ir para o recreio de cima onde ela já estava (era um enorme autocarro azul e branco). A menina foi e observou, mas o pai tinha-lhe dito para ir no autocarro e a menina sabia bem que era o número três que ia para o seu destino, além do mais a carrinha claramente não era um autocarro, tinha forma e cores bem diferentes. Tratou de tentar procurar a paragem de autocarro que tinha visto junto à escola quando chegaram de manhã. Foi para a paragem, sentou-se e ficou à espera. Passou um autocarro, mas era da linha um e a menina não entrou, passou muito tempo e passou novo autocarro da linha um, e passaram mais uns tantos até que a menina desatou a chorar porque nunca mais passava o seu autocarro e ela estava cheia de vontade de ir para casa, para a sua mãe e certamente que já estavam preocupados por ela não estar a chegar à paragem onde a mãe estava à espera.

As pessoas da paragem começaram a tentar consolar a menina e a tentar perceber o que se passava e porque estava ali sozinha. No meio dos soluços e com pouca voz de tanto chorar lá foi explicando e alguém a levou de novo para dentro da escola e a entregou aos responsáveis. Consolaram a menina e disseram-lhe que devia ter ido na carrinha da escola, a tal azul e branca, mas para não se preocupar porque às sete horas a carrinha voltava a ir levar meninos de novo.

A menina estava inconsolável, não havia telefone em sua casa e não sabia como é que a sua mãe ia saber que só iria chegar às sete horas.

A mãe telefonou para a escola a perguntar pela menina e explicaram-lhe que tinha perdido a carrinha e que só iria na das sete horas.

Aquele tempo de espera foi interminável, tentava parar de chorar, mas só conseguia por pouco tempo.

Quando finalmente saiu da carrinha na sua paragem e pode abraçar a sua mãe é que o seu coração sossegou. Aquele primeiro dia de escola ficou-lhe gravado profundamente na memória.

 

 Texto escrito no âmbito do desafio 30 dias de escrita lançado pela Ana de Deus, e em que participam Ana de Deusbii yueJoão-Afonso MachadoJorge OrvélioJosé da XãMaria Araújo  e eu.

 

 

13
Set21

Um ritual de passagem

#8 - Desafio 30 dias de escrita da Ana de Deus

Cristina Aveiro

Receita das filhoses da Dona Ilda.jpg

Na noite de consoada o cheiro das filhoses a fritar tem que encher a casa! Há um aconchego e uma magia da noite de Natal que este aroma traz e reforça.

A minha avó fritava filhoses nessa noite ao lume, num tacho de ferro em azeite. Eram filhoses de massa de farinha de trigo com abóbora cozida e que levedava num enorme alguidar de barro vidrado de verde. A massa era aconchegada e envolta numa manta junto ao calor suave. Depois, contava-me a minha mãe, à hora de fritar, o meu avô trazia a lenha cortada cuidadosamente para poder dar um “lume certinho” nem demasiado forte, nem que enfraquecesse facilmente. As crianças estavam ali com a mãe e passavam as filhoses ao de leve pelo açúcar com canela. Quando começavam a ficar cansadas a minha avó perguntava-lhes se queriam que lhes fizesse filhoses com formas especiais, “um galito”, “um pião”, … para os manter animados com a tarefa.

Quando eu era criança a minha mãe repetia em nossa casa o ritual de amassar e fritar as filhoses, já em óleo, num fogão a gás e num espesso tacho de alumínio. Eu adorava ver a massa ir levedar e ver como ficava no fim. Mais tarde começaram a surgir novas receitas, menos trabalhosas e eu comecei a participar mais ativamente. Após várias alterações ficou a receita datilografada como a versão oficial das filhoses. Foi datilografada por um bom amigo cuja esposa participou na afinação da receita (como sinto saudades da D. Ilda e do Sr. Silva).

Todos os Natais sou eu que faço as filhoses e frito enquanto outros vão tratando da ceia. Adoro fazer as filhoses no Natal!

 

 Texto escrito no âmbito do desafio 30 dias de escrita lançado pela Ana de Deus, e em que participam Ana de Deusbii yueJoão-Afonso MachadoJorge OrvélioJosé da XãMaria Araújo  e eu.

 

 

12
Set21

Uma música favorita

#7 - Desafio 30 dias de escrita da Ana de Deus

Cristina Aveiro

A “Lisboa menina e moça” de Carlos do Carmo cantada por trinta e cinco vozes reunidas para homenagear em vida alguém que tão dedicadamente se entregou à sua arte encanta-me. Estas vozes representam uma diversidade imensa do nosso património musical vivo, são por nós conhecidas de outras sonoridades e cantares e neste tributo surgem como um diálogo encadeado entre tantos interlocutores.

Que delícia escutar o poema que descreve Lisboa com uma paixão e de uma forma tão gráfica nesta harmonia da diversidade.

A música é provavelmente a arte que melhor consegue unir as sensibilidades mais diversas em torno do mesmo objetivo e em que a colaboração é essencial para o sucesso de todos e de cada um. Quando uma orquestra toca é bem visível este dom aglutinador da música que me fascina.

 

 

 Texto escrito no âmbito do desafio 30 dias de escrita lançado pela Ana de Deus, e em que participam Ana de Deusbii yueJoão-Afonso MachadoJorge OrvélioJosé da XãMaria Araújo  e eu.

 

 

11
Set21

Um sonho recorrente

#6 - Desafio 30 dias de escrita da Ana de Deus

Cristina Aveiro

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Foto: Maria Cartas

Ir ver o que nunca vi, ir onde nunca fui, ver, sentir, cheirar, lugares que imagino e outros que ainda desconheço que existem. Desbravar e ver o que há por este imenso lugar, o Mundo, que é o único a que podemos chamar casa! Viajar e ir espreitar como é a vida, como são as gentes de outros lugares, ver o que construíram, o que a natureza lhes deu, como conservam e vivem os lugares que lhes calharam em sorte ao nascer.

Ir ver montanhas, rios, desertos, animais na savana, pinguins na Antártida, ver auroras boreais, recifes de coral, florestas tropicais, praias de areia negra, branca, rosa e até verde.

Olhar de frente as pirâmides, tomar banho nas piscinas termais de Budapeste, percorrer toda a costa mediterrânica como se fosse um lápis a contornar as linhas do mapa. Ver o Mont de Saint Michel, os castelos do Vale do Loire, as regiões vinícolas de França, Espanha, Itália, e do novo mundo. Ir ver os cangurus na sua terra e os kiwis voadores da Nova Zelândia.

Este sonho é quase infinito, nunca mais acabava de escrever tudo o que cabe nele!

 

 Texto escrito no âmbito do desafio 30 dias de escrita lançado pela Ana de Deus, e em que participam Ana de Deusbii yueJoão-Afonso MachadoJorge OrvélioJosé da XãMaria Araújo  e eu.

 

 

10
Set21

Estou a amar o desafio dos 30 dias de escrita...

Cristina Aveiro

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No dia 8 de Setembro, que já de si é muito especial para mim tive uma "prenda" inesperada, a equipa do Sapo destacou o ato de coragem de Joaquim Carreira que eu contei em resposta ao desafio  30 dias de escrita lançado pela Ana de Deus, e em que participam Ana de Deusbii yueJoão-Afonso MachadoJorge OrvélioJosé da Xã, e Maria Araújo .

Obrigada Sapo, obrigada amigos do Sapal!

 

10
Set21

Um objeto quotidiano

#5 - Desafio 30 dias de escrita da Ana de Deus

Cristina Aveiro

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A nossa relação começou pouco depois de nascer a segunda filha. Antes o meu coração era de um mais dinâmico e fogoso corcel, leve e desportivo que por essas alturas começou a manifestar os efeitos de uma vida longa e muito vivida. Na verdade, deixar ir o meu primeiro e amado tapete voador foi doloroso, no fundo ele tinha assumido o papel de melhor amigo, daquele que me levava onde eu quisesse, devagar ou depressa, com os cabelos ao ventou ou bem aconchegada. Ainda hoje tenho um carinho muito especial por esse companheiro de tantas e tão inusitadas aventuras tão próprias de quem começa a palmilhar o mundo pelos seus próprios pés e vontade.

O segundo amor foi bem mais difícil de alcançar, ao início tudo nele me enfadava, era robusto mas muito prudente, nada de fogoso corcel, a segurança e calma imperavam e as corridas mais empolgadas tinham acabado, não eram para ele. As meninas gostavam do novo tapete voador, tinha espaço, mais conforto, mas eu sentia que tinha um lastro pesado que me acorrentava e pegava ao chão.

Com o passar dos anos e já lá vão vinte fomos passando a ter uma grande cumplicidade, agora já começo a pensar que não quero que parta, gostava muito que me acompanhasse mais tempo nesta nossa viagem que é a vida!

 

 Texto escrito no âmbito do desafio 30 dias de escrita lançado pela Ana de Deus, e em que participam Ana de Deusbii yueJoão-Afonso MachadoJorge OrvélioJosé da XãMaria Araújo  e eu.

 

 

10
Set21

Uma pessoa amada

#4 - Desafio 30 dias de escrita da Ana de Deus

Cristina Aveiro

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A minha mãe era a mais bonita de todas, tinha e tem a magia para resolver e tratar todas as dores, doenças, medos, receios, problemas. Continua a ter uma energia invejável, uma vontade de cuidar, de fazer, de ser Mãe e Avó inteira e com todas as fibras do seu Ser. É apaixonada pelas suas filhas, ama os netos e ajuda-os a crescer numa entrega de alma e coração como não conheço outra. É forte e corajosa e tem um coração frágil, de cristal quase, mas é assim com todos os que muito amam.

A minha mãe é frontal e pressiona os que gosta sempre que entende que é preciso, procurando ajudá-los a encontrar o seu melhor caminho. Nunca desiste! Nunca apaparica, ou deixa de ver os defeitos e as qualidades dos seus, diz sempre que isso nada tem a ver com o que sente por eles. Cada um tem as suas qualidades e as suas fraquezas e é do todo que se alcança mais e melhor.

A minha mãe sempre procurou aprender para compreender e saber agir melhor, procurou especialistas, ouviu pedagogos, leu muito sobre isto de ser mãe e educar e sempre manifestou que é uma missão dura e difícil, mas que sempre foi o seu sonho. Aprendi e aprendo muito com a minha mãe, foi com ela que comecei a sonhar desde muito menina que também queria ser mãe. Aprendi com ela que toda a vida nos temos de esforçar por aprender e que se aprende sempre desde que tenhamos vontade (a escola é uma pequena parte desse caminho, para ela foram apenas quatro anos). Aprendi que a verdade às vezes é dura de escutar, mas que é quase sempre a melhor forma de avançarmos no nosso caminho (aqui ficam de lado as mentiras piedosas, que claro está têm o seu lugar e o seu papel).

Ficaria interminavelmente a falar da minha mãe e não iria conseguir dizer tudo o que me enche o peito…

Os olhos da minha mãe têm uma cor doce de mel e falam, leem e abraçam-me como nenhuns outros!

 

 

 Texto escrito no âmbito do desafio 30 dias de escrita lançado pela Ana de Deus, e em que participam Ana de Deusbii yueJoão-Afonso MachadoJorge OrvélioJosé da XãMaria Araújo  e eu.

 

 

08
Set21

Parabéns meu Amor!

Cristina Aveiro

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Há 21 anos era sexta-feira e estava um dia quente e solarengo de Setembro, tu não tinhas pressa de vir ver o mundo, mas precisavam de te fazer sair do banho doce em que o meu corpo se tinha tornado. Eras tão frágil e estavas tão marcada pela viagem de chegada. A tua tranquilidade, doçura e paz eram incríveis num recém-nascido. Eu nem acreditava como adormecias só com um carinho entre as sobrancelhas e descansavas serena e tranquila.

A minha menina doce já é mulher, é uma mulher corajosa e lutadora. Acredita nos seus sonhos e procura alcançá-los com muita garra e determinação, mas nunca se esquece de quem está à sua volta. É empática, sorri, tem sempre uma palavra, tempo e compreensão para os que a rodeiam. É estimada e consegue aquecer os corações das gentes mais frias das terras de sua majestade, levas-lhes o sol dos afetos mediterrânicos e recebes também o calor das gentes desta terra que te acolheu há já três anos.

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Quanto cresceste por aí, quando foste ainda nem 18 anos tinhas...

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Este é o quarto aniversário em que não te posso abraçar com os braços, mas abraço-te com todo o meu ser minha Matilde.

07
Set21

Estou muito contente!

#4 - Uma pessoa amada - A minha mãe Desafio dos 30 dias de escrita

Cristina Aveiro

Pagina Principal do Sapo-7-setembro-21.png

Tenho que partilhar convosco a alegria que foi ter hoje na página principal do Sapo a referência ao texto que escrevi no âmbito do desafio 30 dias de escrita lançado pela Ana de Deus, e em que participam Ana de Deusbii yueJoão-Afonso MachadoJorge OrvélioJosé da XãMaria Araújo  e eu.

Quero agradecer à Maria Araújo do Cantinho da Casa que viu e me disse que lá estava!

Um abraço para todos deste nosso Sapal.

 

 

 

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